sábado, 16 de novembro de 2013

MINAS GERAIS: O CLIMA DIFÍCIL NO PSDB MINEIRO

Detentor dos destinos daqueles que o acompanham na jornada rumo à presidência de República, Aécio Neves não tem poupado seus companheiros em detrimento de alianças para viabilizar suas pretensões eleitorais de 2014.

Diversos companheiros de partidos ou mesmo de outras legendas que vem a mais de uma década participando da base aliada de Aécio Neves, foram alijados do processo ou tiveram suas pretensões políticas sacrificadas, para celebração de um acordo entre os tucanos de alta plumagem, para o retorno político de Pimenta da Veiga. 
 
Após este acordo em Minas Gerais, em volta de Aécio, formou-se um exército de políticos zumbis, que embora já sem vida permaneçem orbitando em torno do Poder, como a figura folclórica do “morto vivo”. Evidente que esta sobrevida tem prazo de validade, que encerra nas eleições de 2014.
 
A cada dia estes Zumbis políticos vêem diminuindo a possibilidade do cumprimento das promessas futuras oferecidas em função de seus sacrifícios, uma vez que, além da candidatura de Aécio a presidência da República não decolar, o espaço em Minas Gerais vem diminuindo apontando para uma estrondosa derrota eleitoral. 
 
Na lista entre outros, Alberto Pinto Coelho, Narcio Rodrigues, Diniz Pinheiro, Marcos Pestana, este último o único a perceber a fragilidade do atual momento político, que da noite para o dia poderá ganhar novos contornos, com a possível desistência de Aécio em candidatar-se a presidência e conseqüente retirada de apoio a Pimenta da Veiga, desmontando as atuais alianças entre deputados federais e estaduais na divisão de suas bases.
 
Rompido publicamente com Aécio, desde a campanha de Serra a presidência quando foi seu coordenador, Pimenta da Veiga encontra-se refém da conflituosa e inconciliável relação entre Aécio e José Serra desta forma igualmente sem qualquer força sobre seu destino político. 
 
Para não fugir a tradição aproveitando-se da situação Danilo de Castro vem praticando diversos acertos de contas pessoais, com Marcos Pestana e Dinis Pinheiro, utilizando-se da influência de sua pasta que “administra”, a verba de publicidade distribuída para a imprensa. Até agora os participantes do teatro político montado no intuito de viabilizar a candidatura de Aécio a presidência permanecem cumprindo seus papéis.
 
A pergunta é até quando? Pois se no quadro atual onde se tem o que prometer e dividir está difícil de administrar, levando a morte diversas carreiras políticas, é inimaginável o que ocorrerá caso à candidatura de Aécio Neves a presidência não se concretize e confirmem-se as pesquisas até agora divulgadas com a eminente derrota de seu grupo político ao governo de Minas. 
 
Apenas para não desprezar uma hipótese, pois em política tudo é possível, caso ocorra a vitória de Pimenta da Veiga, Aécio sabe da expressiva superioridade, consistência e experiência política do mesmo e caso não consiga ocupar o Palácio do Planalto e Pimenta ocupe o Governo de Minas será o término de sua liderança e grupo político no Estado. 
 
O histórico dos últimos 10 anos comprova que neste período Aécio Neves não permitiu o crescimento de qualquer liderança que lhe fizesse sombra.  Agora é esperar para ver.
 
fonte:novojornal