terça-feira, 27 de outubro de 2015

O DESGASTE POLÍTICO ASSUSTA

Petistas estão sendo hostilizados em restaurantes cinco estrelas. Mas políticos da oposição dizem que “o mar não está para peixe”. Governistas e de oposição contam que muitos prefeitos, sobretudo no Sudeste, não os querem por lá devido à crise econômica e ao ambiente geral de crise ética. Prefeitos desmarcam agendas com deputados ou fazem o alerta de que essa não é uma boa hora para visitas. Um tucano explica que a maioria da população não diferencia os fatos. Mesmo que os petistas sejam os mais afetados, todos sofrerão algum tipo de prejuízo. “O eleitor não acredita em ninguém”, resume o senador tucano. Por isso, avalia que as eleições futuras serão desafiadoras.

LEI DO TURISMO ESTIMULA A CULTURA

henrique_dolarO plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL 5559/9), do deputado Otavio Leite, que permite o uso da Lei Rouanet no financiamento de projetos turísticos. Com isso, as empresas do setor, como hotéis, pousadas, bares e restaurantes poderão descontar do Imposto de Renda valores investidos em projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura ou pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).
“O Brasil tem se consolidado como um importante palco para festivais e eventos culturais e, por isso, essa é uma grande conquista para o turismo brasileiro. Não é possível desassociar o turismo do mercado de eventos. É um mercado que aumenta consideravelmente o fluxo de visitantes e dinamiza a economia”, afirma o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.

CRESCE A DENGUE NO PAÍS

dengueDepois de registrar recorde de mortes por dengue no ano, o País acaba de alcançar em 2015 também o maior número de casos notificados da doença desde 1990, quando as estatísticas começaram a ser monitoradas. Segundo o mais recente boletim epidemiológico de dengue do Ministério da Saúde, foram 1.463.776 casos prováveis da doença registrados de 4 de janeiro até 26 de setembro no Brasil. O recorde anterior, de 2013, era de 1.452.489 pessoas infectadas.
O número, de acordo com o ministério, é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 524.441 pessoas ficaram doentes. De acordo com o boletim, a alta de registros foi puxada pelo Sudeste, que concentra 64% dos casos. Os quatro Estados da região somaram 937.599 pessoas infectadas.

PREFEITOS TAMBÉM QUEREM A CPMF

downloadEntidades de prefeitos anunciaram nesta terça-feira (27) um acordo com o Palácio do Planalto para que a nova CPMF tenha alíquota de 0,38% (0,20% para a União; 0,09% para estados; e 0,09% para municípios).
Criada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com o objetivo de financiar a saúde, a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) foi extinta pelo Congresso Nacional em 2007. À época, também tributava as operações financeiras em 0,38%.

O AVANÇO DO WHATSAPP

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Entre os brasileiros que possuem um aparelho celular, nada menos que 60,6% já instalaram o aplicativo Whatsapp, muito usado para fazer ligações telefônicas; recentemente, o presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, comparou o aplicativo da rede social a um serviço "pirata"; no entanto, o avanço da tecnologia parece inevitável

O CONTRA FOGO DO PT CONTRA A CAMPANHA DE AÉCIO


O PT decidiu reagir à ofensiva tucana contra o mandato da presidente Dilma Rousseff e ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, em que contesta a prestação de contas do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG); segundo o Coordenador Jurídico, Flávio Caetano, "dentre as irregularidades identificadas na prestação de contas de Aécio, estão problemas em 2.397 recibos eleitorais, o que representa 78% do total de recibos apresentados pelo candidato do PSDB a presidente"; entre as inconsistências, o PT aponta um depósito em dinheiro de R$ 1,2 milhão, um outro no mesmo valor feito pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a utilização de servidores públicos lotados no gabinete do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e a contratação de uma cooperativa ligada ao governo de São Paulo; na opinião de Caetano, "os fatos são de extrema gravidade, e podem ensejar a desaprovação de contas pelo TSE, além de rigorosa apuração pela Procuradoria da República, de eventual prática de crime eleitoral e atos de improbidade administrativa"

PEQUISA MOSTRA DESENCANTO COM DILMA

Da Agência Brasil
A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff subiu de 7,7%, em julho, para 8,8%, em outubro, indica pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao instituto de pesquisa MDA, divulgada hoje (27). De acordo com a pesquisa, 70% dos entrevistados reprovam o governo. Na pesquisa anterior, divulgada em julho, o percentual era de 70,9%.
Em outubro, a pesquisa aponta que 1,3% consideram o governo ótimo; 7,5%, bom; 20,4%, regular; 18,1%, ruim; 51,9%, péssimo; não sabem ou não responderam (0,8%). No levantamento anterior (julho), 1,5% consideravam o governo Dilma ótimo; 6,2%, bom; 20,5%, regular; 18,5%, ruim; e 52,4%, péssimo.
Desempenho pessoal
Sobre o desempenho pessoal da presidenta Dilma, 15,9% aprovam e 80,7% desaprovam. Na pesquisa anterior, os percentuais eram 15,3% e 79,9% respectivamente. O percentual de entrevistados que não sabe ou não respondeu foi de 3,4%, ante os 4,8% da coleta anterior.
O Instituto MDA ouviu 2.002 pessoas, em 24 unidades da Federação, entre os dias 20 e 24 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
WILL NUNES:
Sinceramente é duro observar que o governo insista em não tomar medidas importantes para o país sair desse marasmo. Sabemos que não existe soluções milagrosas, mas decisões eficientes. É isso que o povo brasileiro espera da Dilma. Acorda presidenta!


LUIS NASSIF: DILMA PARALISADA DIANTE DA CRISE

A cara da mulher que atacou o senador Eduardo Suplicy na Livraria Cultura espalhou-se pelas redes sociais e é o espelho da sociedade brasileira atual.  A primeira reação a ela é de ódio profundo.  Mas basta uma pequena reflexão para saber que não é ela, uma pobre coitada. Aquela figura horrenda, berrando como uma harpia da mitologia chocou menos pelo que ela é, mais pelo que passou a simbolizar: o quadro político atual, o fracasso da elite brasileira, em todos seus ângulos – político, empresarial, intelectual, jornalístico – ter permitido que a decadência da política abrisse espaço para o protagonismo do imbecil coletivo.
Nas redes sociais de esquerda ouviam-se brados de vingança contra a figura,  usando o mesmo tom vociferante da direita contra arroubos de esquerdistas.
Tempos atrás a Lava Jato mandou à prisão uma cunhada de tesoureiro do PT meramente porque sacou dinheiro em um caixa eletrônico. A reação contrária foi exigir que a mesma PF prendesse a esposa de Eduardo Cunha.
Nesse ódio sem quartel, direitos individuais, abusos de autoridades, golpismo escancarado, tudo é relevado com receio de encarar a grande besta: o imbecil coletivo.
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Esse ódio exacerbado reflete algo mais profundo: a falta de um projeto de país ou, no mínimo, de sinais de que o país pode começar a andar. Só que o primeiro passo é da presidente da República que, até agora, não manifestou o menor gesto em direção à normalização econômica.
Ontem, na cerimônia de premiação das Empresas Mais Admiradas, da Carta Capital, o novo Ministro-Chefe da Casa Civil Jacques Wagner fez um apelo para que o país supere a Lava Jato e comece a andar.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda estimou em dois pontos o efeito da Lava Jato e da redução de investimentos da Petrobras sobre o PIB (Produto Interno Bruto), devido à paralisação virtual de toda a cadeia do petróleo.
Durante o ano, Dilma Rousseff recebeu diversas sugestões para resolver a questão da Lava Jato sem paralisar a economia. Todas elas em uma direção absolutamente legítima: penalizar os controladores preservando as empresas.
Ou seja, acordos que contemplassem multas e indenizações pesadas para os controladores das companhias. Para pagar, eles teriam que vender parte ou a totalidade do seu capital. O dinheiro recebido serviria para quitar as pendências decorrentes do acordo, sem afetar o caixa da empresa.
O próximo passo da crise do petróleo será nos portfolios dos bancos, às voltas com inadimplências gigantescas. E a presidente não mostra nenhuma estratégia em relação a um ponto crucial.
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No evento da Carta Capital, dois economistas com visões distintas cobravam o mesmo: decisões que mostrassem ao país que a presidente voltou ao jogo econômico. Delfim Netto pedia desvinculações orçamentárias e medidas na área da Previdência; Luiz Gonzaga Belluzzo pedia uma política monetária mais flexível, posto que a atual é suicida. E ambos concordavam que, sem acenar para perspectivas de crescimento, a presidente não conseguiria sair do lugar.
Delfim criticou pesadamente as interpretações dadas às pedaladas. Sustentou que todos os governantes recorrem a tal prática e que não há o menor sentido em criminalizá-la.
Não haverá impeachment porque o país amadureceu e não permitirá golpes. A democracia exige que Dilma Rousseff seja suportada até o último dia. Caberá à presidente definir a maneira como isso ocorrerá: se com um mínimo de cenário positivo pela frente ou com o profundo desânimo que caracteriza a perspectiva futura de seu governo.

FERNANDO HENRIQUE CRÍTICA LULA, MAS ESCONDE FATOS NEGATIVOS DO SEU GOVERNO

lulaFHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 84 anos, reafirmou na noite de segunda-feira considerar a presidente Dilma Rousseff uma pessoa “honrada”, mas não fez a mesma observação em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não vejo a Dilma pessoalmente envolvida (em corrupção). Quanto ao Lula tenho que esperar pra ver, tem muita coisa pra ser passada a limpo”, disse no programa Roda Viva, da TV Cultura.
“Acho até que elas tentou se livrar de muitas dessas coisas e não conseguiu”, disse FHC sobre a dificuldade, a seu ver, de Dilma em enfrentar estruturas de corrupção já instaladas na máquina estatal. “Ela é pessoalmente honrada, mas politicamente ela também é responsável”, ressalvou ao avaliar que não é possível um presidente não saber que há algo de errado quando existe um esquema de corrupção do tamanho que existia na Petrobras.
FHC disse brevemente que considera aceitável um ex-presidente dar palestras pagas por empresas, mas que vê com receio a atitude de “abrir portas”, em especial quando essa ponte é feita para alguma empreiteira específica.

WILL NUNES:

As críticas de Fernando Henrique a Lula, esconde fatos negativos do seu governo que foi marcado por muitos escândalos hoje omitidos pela a grande mídia, mas que também fazem parte da era FHC. Acompanhe alguns:

Fatos ocorridos durante o governo de Frnando Henrique: média de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%. 

Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
combater a corrupção. 

O inesquecível PROER: Em 1995 o ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro

As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.

A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

Conversas gravadas de forma ilegal foram alguns capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial.

Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos daSuperintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. 


LULA COMEMORA HOJE 70 ANOS

A Origem

O sertanejo é antes de tudo um forte. Cunhada pelo escritor Euclides da Cunha, a frase parece se ajustar à personalidade de Lula desde seu nascimento. Nordestino, pobre, sétimo filho de um casal de lavradores analfabetos, Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em 1945 numa casa de dois cômodos e chão de terra batida no Semiárido pernambucano. Sem luz, água encanada, banheiro ou sapatos, o menino tinha 7 anos quando montou num pau-de-arara e, cumprindo a sina de milhares de outros brasileiros, "despencou" para o sul-maravilha com a mãe e os irmãos, a fim de reencontrar o pai, que havia retirado semanas antes de Lula nascer, em busca de uma vida melhor longe da seca e da miséria. Instalado no litoral paulista, Lula começa a trabalhar ainda criança, no cais de Santos, para ajudar nas despesas de casa. Ambulante aos 8 anos e engraxate aos 9, vira ajudante de tinturaria no início da adolescência, quando muda-se para São Paulo com a mãe, agora separada do pai, e os irmãos solteiros. Conclui o ginásio e, empregado numa metalúrgica aos 14 anos, é admitido no curso técnico de torneiro mecânico do Senai.
1949, retrato com irma Garanhuns.Lula criança ao lado da irmã.
O Brasil avança com a lufada desenvolvimentista promovida pelo presidente Juscelino Kubitschek. A região do ABC, na Grande São Paulo, torna-se a mais industrializada do país, atraindo algumas das principais metalúrgicas do mundo, como as motadoras Scania e Volkswagen. Sertanejo e forte, Lula é um dos muitos migrantes nordestinos a se instalar no chão da fábrica e fazer da metalurgia a sua profissão. Ele tem 17 anos quando perde o dedo mínimo da mão esquerda num acidente de trabalho, em 1963, e 18 por ocasião do golpe militar, em 1964. O fim das liberdades democráticas, a disseminação da censura e a instalação do aparato repressivo coincidem com um longo período de retração da economia, acompanhada de desemprego, abusos trabalhistas e inflação.
Lula jovem.Lula jovem.
Ainda fascinado com o tamanho e as possibilidades da cidade grande, uma realidade muito melhor do que a da seca de Pernambuco, Lula é convencido por um irmão, militante do então clandestino Partido Comunista Brasileiro, a frequentar reuniões no sindicato. Pela primeira vez, trava contato com as agruras da classe trabalhadora e aprende expressões como arrocho salarial, caristia e fundo de greve. Negociador habilidoso, é convidado a ocupar uma vaga de suplente na diretoria do sindicato que viria a ser eleita no início de1969, inaugurando assim sua trajetória de líder sindical.



A Atividade Sindical

A vida continua a impor desafios a Lula e cobra um preço alto. "Vai melhorar", ele ouve constantemente de sua mãe, Dona Lindu. Torneiro mecânico e suplente da diretoria do sindicato, Lula se casa aos 23 anos. Dois anos depois, perde a mulher, grávida de oito meses, vítima de uma hepatite agravada por uma anemia e pela negligência dos profissionais de saúde que a atenderam. O filho, um menino, também não resiste. Para driblar a depressão, mergulha no trabalho e, habilidoso, é convocado a assumir um cargo na diretoria do sindicato, trocando pela primeira vez o turno na fábrica por uma sala na sede da entidade. Elaborado o luto pela morte de Lourdes, volta a frequentar bares e festas e engata um namoro atrás do outro. Com Miriam Cordeiro, uma das namoradas, tem a primeira filha, Lurian. Casa-se pela segunda vez, com a também viúva Marisa Letícia, com quem teria três filhos (Lula também registraria o enteado Marcos, filho de Marisa que não chegou a conhecer o pai biológico). Em 1975, antes de completar 30 anos, é Lula quem assume a presidência do sindicato.
Lula e Marisa.Lula e Marisa.
A segunda metade dos anos 1970 é caracterizada pela radicalização dos movimentos reivindicatórios da classe trabalhadora. Uma vez reprimida violentamente toda forma de oposição à ditadura, do movimento estudantil às organizações armadas, passando pela cassação de parlamentares e proibição de partidos, a atividade sindical vira uma espécie de ponta de lança da contestação, atraindo o entusiasmo e a solidariedade de militantes de esquerda que já não encontravam espaço para atuar em suas áreas de origem, da Igreja à Universidade. Entre 1978 e 1980, Lula comanda greves gerais que assumem proporções impensáveis, firmando-se como o maior nome da oposição no cenário político do país. Em 19 de abril de 1980, é preso e passa 31 dias na cadeia. (https://www.youtube.com/watch?v=_lDcpLOlKu8) Libertado, retoma a atividade sindical e política. Fundar um partido para conquistar espaço nas esferas decisórias, tanto no Executivo quanto na formulação de leis mais justas para os trabalhadores, torna-se uma meta, uma missão inevitável.
1980, Lula fichado no DOPS.1980, Lula fichado no DOPS.

A Trajetória Política

Surge o maior e mais importante partido político da redemocratização. Concebido no cotidiano de lutas do movimento sindical, o PT é prontamente apoiado e influenciado por intelectuais, religiosos, artistas, estudantes e militantes egressos da luta armada. Lula é seu primeiro presidente. Em pouco mais de duas décadas, sua presença incisiva e quase onipresente como porta voz dos trabalhadores, e principal líder da oposição, deixaria marcas importantes no modelo de democracia instalado no país. Nesse período, foi provavelmente o principal articulador e incentivador da Central Única dos Trabalhadores, cuja diretoria não pôde integrar em razão da atividade política partidária; organizou um comitê supra-partidário em prol das eleições diretas e promoveu o primeiro grande comício das Diretas Já, ainda em 1983; foi o deputado federal mais votado do Brasil em 1986; atuou na formulação da Constituinte, garantindo a inclusão de direitos civis e sociais como o direito à greve, a licença-maternidade de 120 dias e a redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais; epor muito pouco não foi eleito o primeiro presidente da República após 29 anos sem eleições diretas.
Nos anos 1990, esteve à frente do Instituto Cidadania, no qual foram formuladas algumas das mais significativas políticas públicas implementadas na década seguinte, como o Fome Zero, e presidiu o PT na campanha pelo Impeachment de Collor e por ocasião da implementação de algumas das mais importante CPIs do período, como a que denunciou a violação do painel do Senado, em 1991, e o escândalo dos anões do Orçamento, em 1993. Ao longo dos oito anos de administração de Fernando Henrique Cardoso, fez oposição à política econômica recessiva, à manipulação do câmbio de modo a manter a moeda artificialmente forte, à compra de votos em troca da aprovação do projeto de lei que garantiu o direito à reeleição, em 1997, e à mal gestão do dinheiro público em programas como o Proer, de recuperação de instituições financeiras, e em privatizações de empresas como a Vale, leiloada por um preço bem abaixo do que de fato valia. Após três campanhas eleitorais frustradas, Lula foi finalmente eleito presidente da República em 27 de novembro de 2002.



A Presidência da República

Lula é o primeiro operário a instalar-se como inquilino no Palácio do Alvorada. Seus dois governos são marcados principalmente pela implementação bem sucedida de programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, e de acesso dos mais pobres a linhas de crédito, salários mais altos, geração de empregos e melhor qualidade de vida em educação (Prouni, 14 universidades criadas...), moradia (Minha casa, minha vida), infra-estrutura e saneamento (Luz para Todos, Programa de Aceleração do Crescimento) e outros. A relação do governo com a população ganha uma outra qualidade, com a realização de mais de 70 conferências nacionais e a abertura sistemática do Palácio do Planalto a diferentes grupos da sociedade civil organizada. Reeleito para um segundo mandato, Lula realiza o feito inédito de eleger sua sucessora, Dilma Rousseff, e chega ao final do governo com recorde de popularidade: sua administração é aprovada por 87% da população em dezembro de 2010, diz o Ibope. As estatísticas de desemprego e de famílias abaixo da linha de pobreza são as menores desde o início dessas medições.
Caravana da Cidadania passa pelo Vale do Ribeira em 1995.Transmissão da Faixa

Pós- Presidência

De volta ao Instituto Cidadania, agora convertido em Instituto Lula, mas ainda instalado no mesmo endereço em que estava antes do governo, no bairro paulistano do Ipiranga, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume uma agenda internacional de chefe de estado, realizando palestras e promovendo seminários em diversos países. A integração da América Latina e o combate à fome na África estão entre as novas prioridades do Instituto, bem como a elaboração de estratégias capazes de promover o crescimento econômico sem sacrificar a justiça social, a distribuição de renda, o desenvolvimento e o consumo. Em 2012, Lula supera um câncer na laringe que fora diagnosticado no ano anterior. E, desde junho de 2013, publica um artigo mensal, distribuído a dezenas de países pela agência de notícias do diário americano New York Times.
Lula fazendo a barba.Marisa Letícia faz a barba de Lula após a descoberta da doençafonte: Instituto Lula

MONTES CLAROS: A POLÊMICA SOBRE A FILIAÇÃO DO PREFEITO TEM NOVO CAPÍTULO

A novela envolvendo a filiação do prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz tem mais um capitulo. Na edição de Hoje (27) do jornal hojeemdia na coluna de Orion Teixeira, saiu a seguinte nota: 

Ruy Muniz disputará pelo PSB
Ao contrário do que foi informado aqui, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, será candidato à reeleição pelo PSB. A direção partidária investiga a origem da divulgação feita, em nome da legenda, de que Muniz teria sido vetado por unanimidade.

QUEM NÃO PAGAR O IPVA TERÁ O NOME NO SPC

Em meio à crise econômica e a baixa arrecadação, o Estado mira no motorista inadimplente na busca por um reforço de R$ 145 milhões no caixa. Nada menos que 69.902 mineiros em débito com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) foram inscritos na dívida ativa e estão sujeitos a ter o nome sujo no mercado.

Um decreto publicado em 2012 permite à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) protestar em cartório os valores em favor do governo referentes ao IPVA. Porém, a lei só começou a ser cumprida neste ano e os devedores foram, automaticamente, incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Em 2015, apenas 29% dos contribuintes protestados em Minas quitaram as dívidas. Ao todo, R$ 55 milhões foram pagos por 29.807 proprietários de automóveis. Segundo a SEF, os débitos vêm desde 2011. Antes da inscrição na dívida ativa, o pagamento do imposto pode ser feito em bancos credenciados. Após o cadastro negativo, é preciso retirar o documento de arrecadação junto às administrações fazendárias do Estado.

JÂNIO DE FREITAS: AÇÃO CONTRA O FILHO DE LULA PODE CRESCER O EX-PRESIDENTE

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"Caso não se mostre justificado o capítulo que a Polícia Federal iniciou com a operação na empresa de Luis Cláudio, a consequência mais provável é que Lula se lance à reconquista do poder. Com a determinação de quem vê uma só reparação à altura, vital mesmo", diz o jornalista Janio de Freitas; "A realidade brasileira já está semeada para uma tal disposição"
27 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 05:30
247 – Na coluna Filho da política, o jornalista Janio de Freitas argumenta que o ex-presidente Lula, que se sente agredido com a ação policial realizada ontem na empresa de Luis Claudio Lula da Silva, um de seus filhos, pode se lançar à reconquista do poder.
"Qualquer que seja a resposta futura, uma certeza ficou estabelecida desde a chegada da PF, às 6 horas da manhã, à LFT Marketing Esportivo: a par do seu formalismo apenas policial/judicial, é um fato político. Importante. Além dos reflexos imediatos que possa gerar, tem propensão a projetar efeitos sobre o futuro da política brasileira", diz Janio de Freitas.
"Caso não se mostre justificado o capítulo que a Polícia Federal iniciou com a operação na empresa de Luis Cláudio, a consequência mais provável é que Lula se lance à reconquista do poder. Com a determinação de quem vê uma só reparação à altura, vital mesmo. A realidade brasileira já está semeada para uma tal disposição."
O jornalista argumenta, ainda, que não houve ânsia de vazamentos, na Zelotes, quando os alvos eram os grandes sonegadores de impostos – o que inclui meios de comunicação poderosos, como o grupo RBS. "As investigações no Carf, chamadas de Operação Zelotes, tanto têm se ocupado de condutas de má-fé, como de questões polêmicas em que o apontado devedor ou não o é, ou é sem intenção. Há grandes meios de comunicação nas três situações. No seu caso, procedem todos para evitar noticiário escandaloso, comprometedor e talvez injusto. Poderiam fazer disso tanto um mea culpa, como um aprendizado, tardio embora."

PRISÃO DE LOBISTA PODE ABALAR A REPÚBLICA

Com a nova fase deflagrada ontem, a Zelotes se agigantou e deve vir a superar a Lava Jato em matéria de escândalo, tanto pelo volume de grana na parada como pelos potenciais alvos políticos e empresariais. A operação de combate ao esquema de sonegação fiscal no Carf chegou a personagens que guardariam segredos podres da República: o lobista Alexandre Paes dos Santos e o jornalista Fernando Mesquita. Agora, a Zelotes é nitroglicerina pura. Não por acaso, essa operação custou a deslanchar, enfrentando até troca de juiz entre muitos obstáculos.

TERMINA EM MINAS A GREVE DOS BANCÁRIOS

Após 20 dias, os bancários que atuam na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e em agências bancárias privadas de Minas Gerais decidiram nesta segunda-feira (26) por encerrar a paralisação. Com a decisão, as atividades nas agências do Estado serão normalizadas nesta terça-feira (27).